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  • Foto do escritorCinema Comentado Cineclube

SEGUE A MOSTRA JACQUES TATI COM O FILME “MEU TIO” – 09/03 – 19h

No sábado, dia 09/03, o CineSesc e o Cinema Comentado Cineclube continuam com a Mostra Tati por Inteiro – projeto do Departamento Nacional do Sesc em parceira com a Embaixada da França e a Cultures France – exibindo MEU TIO (1956). Ganhador do Oscar de filme estrangeiro e do Prêmio Especial do Júri, em Cannes, o filme apresenta as atrapalhadas confusões de um solteirão descontraído e vagabundo (o conhecido Sr. Hulot), que conquista a amizade do sobrinho mostrando as coisas simples da vida. Mas enfrenta os cuidados e conselhos da irmã e do cunhado que querem vê-lo casado e trabalhando.

MEU TIO utiliza a estrutura de esquete dos filmes cômicos do cinema mudo e, ao mesmo tempo, desenvolve um trabalho com as cores e a cenografia que é extremamente atual e bem típico. Tati estabelece uma crítica ao culto da modernidade tecnológica já vigente na década de 1950 e satiriza a interferência provocada pelas inovações dentro de uma casa e no cotidiano das pessoas. Na casa da família Arpel, a cozinha tem o que havia de mais moderno na época, o portão principal abre sozinho e o design dos móveis é arrojado – e desconfortável.

MEU TIO apresenta sequências envolventes desde o seu começo: quando o sr. Hulot abre e fecha a janela de sua casa e ouve um canto de passarinho, fica intrigado e refaz o movimento várias vezes, até que descobre que num determinado ângulo o vidro reflete luz sobre o passarinho, despertando seu canto – e nessa posição a deixa. Já a casa do cunhado, com suas formas retas, máquinas moderníssimas e decoração extravagante acentua a anormalidade robótica dos moradores. Com isso, não tiramos nossos olhos do ambiente, ainda que pessoalmente prefiramos morar como o sr. Hulot.

Na época do seu lançamento, MEU TIO teve pouco público na França: oito milhões de espectadores, contra os 14 milhões de “As Férias do sr. Hulot” e 10 milhões de “Carrossel da Esperança”. Depois que foi distribuído fora do país, além de cultuado pela crítica, se transformou no filme mais conhecido de Jacques Tati. Com a modernidade sob questionamento e figuras estereotipadas vigentes até hoje, MEU TIO é um dos poucos filmes que conseguem se manter atuais mesmo ao completar 47 anos. E assim continuará por muito tempo.

Classificação indicativa: 10 anos.

O CineSesc e o Cinema Comentado Cineclube acontecem aos sábados, a partir das 19h, no Salão de Convenções do Sesc Montes Claros – Rua Viúva Francisco Ribeiro 200. As sessões são gratuitas e abertas a todos os interessados. Depois da sessão, acontece um bate-papo com a platéia sobre os filmes apresentados.

PRÓXIMAS ATRAÇÕES – MOSTRA TATI POR INTEIRO

16/03 – As Férias do Sr. Hulot & Carrossel da Esperança

As Férias do Sr. Hulot (Les Vacances de Monsieur Hulot, França, 1953, 74′). O atrapalhado Sr. Hulot vai passar férias em um hotel de veraneio onde provoca uma série de situações desastrosas e irresistivelmente cômicas. Mesmo causando uma grande agitação na rotina dos demais hóspedes, ele consegue fazer amizades e conquistar a simpatia de todos.

Carrossel da Esperança (Jour de Fête, França, 1949, 77’). Uma vez por ano, uma feira traz, para o pequeno vilarejo de Sainte-Sévère, no interior da França, atrações como um cinema ambulante. Numa das sessões, François, o carteiro do local, assiste à projeção de um documentário sobre o serviço postal norte-americano e decide colocar o método em prática para fazer o correio chegar mais rápido.

23/03 – As Aventuras do Sr. Hulot num Trânsito muito louco & Parada

As Aventuras do Sr. Hulot num Trânsito muito Louco  (Trafic, França, 1971, 93’). Sr. Hulot, desenhista de uma modesta fábrica de veículos, cria um caminhão com várias inovações e decide levá-lo à Exposição Internacional do Automóvel de Amsterdã. Ele toma a direção do veículo, seguido por uma jovem responsável pelas relações públicas da fábrica, num caminho esportivo. A viagem é interrompida por uma série de problemas. São tantas as confusões, que o carro chega tarde demais á exposição.

Parada (Parade, França, 1974, 85’). O filme mostra as aventuras de duas crianças por detrás da lona de um circo provinciano. O diretor também aparece como um dos artistas do espetáculo, entre saltimbancos, mágicos e espectadores encantados.

30/03 – Tempo de Diversão (Playtime, França, 1967, 114’). Um grupo de turistas norte-americanas chega a Paris, nos anos 60. Ali está também o hilário Sr. Hulot. Seu jeito inocente de observar as coisas acaba criando deliciosas confusões com as turistas que visitam a capital francesa. A mais cara produção de Jacques Tati. O diretor praticamente construiu uma cidade, com restaurantes, farmácia, prédios comerciais e até aeroporto.

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