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  • Foto do escritorCinema Comentado Cineclube

Cineclube exibe ‘Cabaret Mineiro’

Nesta sexta-feira (24/05), às 20h, o Cinema Comentado Cineclube exibe CABARET MINEIRO (1979). Com produção, direção e roteiro de Carlos Alberto Prates Correia, e fotografia de Murilo Salles, o filme foi selecionado para compor a programação em comemoração aos 40 anos do Centro Cultural Hermes de Paula. A exibição será realizada no auditório Cândido Canela.

Na trama, durante viagem de trem pelo norte de Minas, Paixão, elegante aventureiro, se apaixona por Salinas. Os dois se amam na cabine-leito. De manhã, ao acordar, ele verifica que não existe ninguém na cabine. Em Montes Claros, durante o pôquer, Thomas, um americano, apresenta um novo jogo. Paixão inventa, então, o cri-cri; a seu ver, superior ao do americano. Já numa cidade vizinha, Paixão, embriagado, sonha com Salinas. Ele dorme na areia do rio onde encontra Evangelina, uma adolescente que faz yoga nua. De volta a Montes Claros, Paixão se apaixona por Avana, dançarina espanhola dona de um cabaré. Os dois vão morar em Grão Mogol, numa paradisíaca casa de campo.

Carlos Aberto Prates Correia, cineasta natural de Montes Claros, tem como característica cinematográfica a autenticidade e exposição de elementos próprios da região norte mineira, em especial a sua terra natal. Nesta região, já explorada por Guimarães Rosa pela vertente da literatura, o diretor se inspira e explora uma linguagem própria, evidenciando uma releitura crua e, por muitas vezes, picaresca das peripécias e anedotas dos protagonistas. Perfis da cultura popular, originários das manifestações e da musicalidade dos ternos de catopês, associam-se com as chacotas irônicas elaboradas pelos meninos e crianças. Destaque para as interpretações inspiradas do elenco e para a música de Tavinho Moura – elemento que completa (e orienta) as aventuras carnavalescas do poeta Paixão.

Segundo o crítico Jean Claude Bernardet: “No CABARET você sente que tudo se realiza, explode, e ele tem um projeto visual, um projeto rítmico muito próprio. Não tem história, podia a qualquer momento cair, podia se desarticular. Mas não, ele vai, se renova a cada instante, a cada instante você tem elementos que vão enriquecer o plano e que você não esperava, uma originalidade de enquadramento, é belíssimo, é belíssimo…”. Classificação indicativa: 16 anos.

Vale lembrar que a entrada é gratuita e aberta para toda a comunidade interessada em cinema e debates sobre o assunto da sétima arte. Após a exibição, acontece um breve bate-papo com o público.

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