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  • Foto do escritorCinema Comentado Cineclube

Produção mineira, “Arábia” revela a trajetória de Cristiano, trabalhador em busca da dignidade


Na quinta-feira, dia 18/05, o Cinema Comentado Cineclube realiza mais um encontro presencial em parceria com a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), por meio do Programa de Pós-Graduação em Letras – Estudos Literários (PPGL) e do Centro de Comunicação e Referência Audiovisual (CCRAV).


A sessão de cinema acontece no Auditório do CCH, a partir das 19h, no 2º andar do prédio 2; em seguida, o público e os cineclubistas debatem sobre o tema e a estética do filme. Os encontros são gratuitos e abertos para todos os espectadores: interessados na sétima arte, acadêmicos, docentes e cinéfilos.


Dirigido por Affonso Uchoa e João Dumans, “Arábia” é uma produção que mostra a força e a qualidade do novo cinema mineiro em filmes como “Marte Um”, “A Vizinhança do Tigre”, “No Coração do Mundo”, “Sete Anos em Maio”, etc. Na trama, André, jovem de Ouro Preto, encontra por acaso o diário de Cristiano (um operário metalúrgico que sofreu um acidente) e, pelas lembranças escritas, embarca numa jornada que revela as condições de vida de trabalhadores marginalizados.


O crítico Marcelo Müller, no site Papo de Cinema, afirma que “o que torna Arábia uma produção singular dentro da nossa recente cinematografia é a interseção entre o íntimo e o social, a fertilidade do produto dessa equação resolvida de forma absolutamente sensível e terna. Enquanto Cristiano conta, por meio da palavra escrita, sua própria história de deslocamentos e novas tentativas, há todo um pano de fundo que elege o trabalho como aquele que dignifica e oprime, ao mesmo tempo. (...) O semblante carregado do homem que recebe uma notícia difícil da boca da mulher amada expressa o pesar, reverberado depois pelo dito, neste filme embalado por Maria Bethânia, Raul Seixas, Dorival Caymmi e pelo sotaque mineiro”.


“Arábia” é uma obra que transita com segurança pelos limites poéticos da realidade do trabalhador brasileiro. Associada à qualidade técnica e fílmica, a narrativa traz um humanismo que envolve o(a) espectador(a) nas “vidas” dos protagonista e permite uma viagem extremamente humanista por paisagens e sensações muito próximas de todos nós.


Assim, o filme reforça a proposta cineclubista de exibir produções que auxiliem no processo de ensino/aprendizagem do público e estimulem o conhecimento utilizando as possibilidades do cinema como arte, mídia e representação cultural.


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